Pesquisa mostra que 75% dos brasileiros consideram a IA uma aliada no trabalho

Estudo aponta que a IA impulsiona inovação e eficiência, mas também desperta preocupações sobre a automação no mercado de trabalho
Mãos de humano e robô Crédito: Pexels

A Inteligência Artificial (IA) já faz parte da rotina corporativa, otimizando processos e impulsionando a produtividade. No entanto, sua crescente presença também levanta questionamentos sobre desafios e impactos no mercado de trabalho. Para entender essa percepção, a Pluxee, empresa de soluções de benefícios e engajamento de colaboradores, realizou uma pesquisa com mais de 2.000 profissionais em diversas regiões do Brasil. O levantamento revela como os trabalhadores enxergam a IA, suas expectativas e principais preocupações.

Os resultados mostram que 35% dos entrevistados afirmam que a IA já impacta positivamente o trabalho nas empresas, enquanto 33% reconhecem seu potencial, mas acreditam que a tecnologia ainda precisa evoluir. No geral, a maioria (75%) vê a IA como uma aliada para otimizar processos e aumentar a produtividade.

Entre os principais benefícios apontados estão a automação de tarefas repetitivas, o aumento de eficiência e redução de custos (73%), seguidos pela melhoria na tomada de decisões baseada em dados (51%) e da criação de soluções inovadoras (25%).

Ao serem questionados sobre as áreas mais beneficiadas com a IA, os respondentes destacaram setores como atendimento ao cliente e suporte (52%), operações, administração e RH (30%), e marketing e análise do comportamento do consumidor (25%).

Desafios e preocupações

Apesar dos benefícios, a pesquisa revela que a IA também desperta receios. Para 11% dos entrevistados, a tecnologia é vista como uma ameaça à autonomia das pessoas e ao mercado de trabalho como um todo.

O medo do desemprego também é evidente: 32% temem perder seus postos de trabalho para a automação, especialmente em setores mais operacionais. Outros 28% reconhecem esse risco, mas acreditam que haverá oportunidades de adaptação.

Além disso, 24% demonstram preocupação com a dependência excessiva da tecnologia, enquanto 26% veem a IA apenas como uma ferramenta complementar ao trabalho humano.

Desafios na adoção da IA

A ética no uso da inteligência artificial também se destacou na pesquisa. Para 29% dos respondentes, as empresas estão preparadas para implementar essa tecnologia, contando com políticas claras e investimentos em capacitação. Outros 28% acreditam que, embora haja avanços, ainda há espaço para melhorias.

No entanto, 22% avaliam que as organizações não estão prontas para adotar a IA de forma transparente e justa, refletindo preocupações com a confiança em decisões tomadas por algoritmos e o receio de delegar escolhas críticas às máquinas.

Para Fernando Radunz, diretor executivo de tecnologia e pagamentos da Pluxee, a inteligência artificial não é apenas uma tendência, mas uma realidade que precisa ser gerida com responsabilidade para garantir benefícios reais às empresas e seus colaboradores.

“É fundamental fomentar um ambiente de capacitação e diálogo contínuo, assegurando que a tecnologia seja utilizada de maneira ética, transparente e alinhada às necessidades humanas.”

Futuro da IA no Trabalho

Quando se trata do futuro da IA no ambiente profissional, 78% dos entrevistados acreditam que a tecnologia será lembrada como uma ferramenta revolucionária, um divisor de águas trazendo benefícios significativos, apesar dos desafios de adaptação.

No entanto, 45% ainda demonstram preocupação com obstáculos imprevisíveis que podem surgir ao longo do caminho.

“O grande desafio agora é garantir que as empresas integrem a IA de forma estratégica, potencializando seus benefícios sem perder a perspectiva humana. Nossa pesquisa mostra que 43% dos profissionais consideram os treinamentos práticos a melhor forma de adaptação, enquanto 32% ressaltam a importância de utilizar a IA como um complemento, e não como substituta do trabalho humano”, diz Radunz.

“O futuro do trabalho dependerá da habilidade das empresas em desenvolver seus profissionais para aliar eficiência tecnológica à humanização dos processos”, concluiu Radunz.

Para Francisco Borges, mestre em educação e consultor de gestão e políticas públicas voltadas ao ensino da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), o futuro para o mercado de trabalho é sempre sempre promissor.

“Usar novas tecnologias alivia as atividades básicas e maçantes e, por isso, traz o cidadão para uma camada de mais conforto no seu dia a dia”, destaca Borges.

Crédito imagem: Pexels

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