A Meta anunciou a aquisição da Limitless, startup que desenvolveu um “pingente” de inteligência artificial capaz de gravar conversas e criar transcrições pesquisáveis por meio de um aplicativo. A compra faz parte da nova visão da empresa de Mark Zuckerberg para acelerar o desenvolvimento de wearables habilitados por IA e avançar na proposta de “superinteligência pessoal” apresentada recentemente.
Em comunicado, o CEO e cofundador da Limitless, Dan Siroker, afirmou que a equipe compartilhará com a Meta a missão de criar dispositivos de próxima geração integrados à inteligência artificial. A startup não revelou os valores envolvidos no acordo.
A movimentação ocorre dias após a Meta contratar Alan Dye, ex-executivo de design da Apple, em um gesto interpretado como um esforço para fortalecer sua estratégia de hardware. A companhia planeja aproveitar as tecnologias da Limitless para desenvolver novos modelos de dispositivos vestíveis inteligentes.
A Meta já atua no setor por meio de parcerias com marcas como Ray-Ban e Oakley, sob o grupo EssilorLuxottica, para a produção de óculos inteligentes com IA. A integração com a Limitless deve ampliar as possibilidades para produtos mais avançados, voltados à assistência pessoal e ao registro automatizado de informações.
O dispositivo criado pela Limitless, anteriormente chamada de Rewind, funciona preso à roupa ou a um cordão. Ele grava conversas e processa resumos automáticos, sendo apontado como parte de uma nova categoria de assistentes de IA voltados à produtividade e ao armazenamento de memória cotidiana.
Segundo a Reuters, a Meta e a Limitless continuarão oferecendo suporte aos usuários atuais, mas a startup deixará de vender novos dispositivos. Os clientes existentes precisarão aceitar termos de privacidade atualizados para manter o serviço ativo.
A Limitless já havia captado mais de 33 milhões de dólares em investimentos, incluindo aportes de nomes como Sam Altman e a A16z.
Créditos da imagem: Meta