Dois juízes federais dos Estados Unidos admitiram que a utilização de inteligência artificial em suas equipes levou à emissão de decisões judiciais com erros.
Em resposta a um inquérito do presidente do Comitê Judiciário do Senado, Chuck Grassley, os juízes Henry Wingate (Mississippi) e Julien Xavier Neals (Nova Jersey) enviaram cartas admitindo falhas. Wingate apontou que um assistente jurídico usou a ferramenta de IA Perplexity para auxiliar na redação de uma ordem judicial, e que o documento foi publicado por “lapso de supervisão humana”.
Neals relatou que um estagiário utilizou o chat GPT da OpenAI para pesquisa sem autorização, o que resultou no vazamento de um rascunho de decisão.
Ambos afirmaram ter adotado novas políticas de revisão e diretrizes internas sobre uso de IA. O senador Grassley destacou que “cada juiz federal e o Judiciário como instituição têm a obrigação de garantir que o uso de IA generativa não viole os direitos dos litigantes ou impeça o tratamento justo perante a lei”.
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