A Agência de Imigração e Fiscalização Alfandegária dos Estados Unidos (ICE) está ampliando sua capacidade de monitoramento digital por meio de uma nova plataforma de inteligência artificial. As informações são The Verge.
Documentos federais revelam que o órgão investiu US$ 5,7 milhões na contratação da Zignal Labs, empresa responsável por um sistema capaz de rastrear atividades em redes sociais em larga escala.
A tecnologia, segundo o contrato, pode analisar até 8 bilhões de publicações por dia, em mais de 100 idiomas. O sistema utiliza recursos de aprendizado de máquina, visão computacional e reconhecimento óptico de caracteres (OCR) para identificar padrões e gerar alertas automáticos — que, em alguns casos, podem resultar na identificação e deportação de pessoas.
Grupos de direitos civis e ativistas classificam a medida como uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão, alertando para o risco de “congelamento” de discursos online diante do medo de vigilância governamental.
Apesar das críticas, o ICE segue expandindo o uso de IA em suas operações, incorporando também tecnologias de reconhecimento de placas veiculares e rastreamento de dados de celulares para reforçar a fiscalização de imigrantes.
Crédito imagem: Unsplash