IA dá voz às vítimas da violência armada em campanha publicitária

MarIA, personagem construída com IA incorpora milhares de referências visuais representativas do perfil prevalente das mães de vítimas da violência armada no país

O Instituto Sou da Paz está usando inteligência artificial para dar voz às vítimas de violência. MarIA, personagem construída com IA incorpora milhares de referências visuais representativas do perfil prevalente das mães de vítimas da violência armada no país.

O filme de um minuto de duração se inicia com MarIA se apresentando de forma impactante: “Eu me chamo Maria, Lúcia, Helena…Tânia. O nome que você pensar já vai ter perdido um filho ou uma filha para a violência armada”. E segue: “Nós também somos vítimas. Eu sou a soma de todas as dores. E dou voz a mães e famílias que choram sem ser ouvidas”. Como mensagem final, a campanha incentiva a entrega voluntária e anônima de armas, resgatando as primeiras campanhas realizadas pelo Instituto na década de 1990.

“Essa campanha tem como objetivo trazer novamente as vítimas e seus familiares para o centro do debate. Quando falamos da necessidade de uma regulamentação responsável que estabeleça critérios rígidos para o acesso a armas, estamos falando sobre preservar as vidas de pessoas e impedir que tragédias evitáveis aconteçam”, diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.

O filme está hospedado no site soudapaz.org/maria, que apresenta informações sobre como pode ser realizada a entrega voluntária de armas.

No vídeo, a fala de MarIA é acompanhada de uma narração masculina que contextualiza que muitas das mortes poderiam ter sido evitadas se armas não estivessem facilmente disponíveis.

“Muito se fala sobre como a IA está sendo usada para substituir o fator humano na comunicação, buscando mimetizar sentimentos através personagens que não existem e só para baratear produções. Fomos no caminho do propósito por trás da ferramenta: a MarIA existe, só não é vista”, declara Marcelo Reis, fundador da Alegria, hub de criatividade estratégica responsável pela criação da campanha.

Crédito imagem: Divulgação

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