A Selic deve se manter estável na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária ) no dia 18 de junho. É o que aponta o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), elaborado pela Equus Capital utilizando inteligência artificial.
Atualmente, o IEPS indica uma probabilidade de 76,3% de manutenção da taxa Selic, frente aos 67% da semana anterior e aos 53% precificado pelo mercado no dia anterior à última reunião do Copom, como aponta Felipe Uchida, head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital. “O IEPS indica uma probabilidade de 76,3% de manutenção da taxa Selic”, reforça Uchida.
“O mercado financeiro vem projetando o início do ciclo de queda na Selic, já à partir da próxima reunião do Copom, dia 18 de junho, contudo, sou mais cauteloso em relação a essa leitura, já que existe uma pressão inflacionária por conta da nova bandeira tarifária da conta de luz e da isenção da conta de energia para consumidores de baixa renda, que será repassada para ‘grandes consumidores”, diz Felipe Sant’Anna, analista da Axia Investing.
“Se somarmos isso à situação das contas públicas e a expectativa de aumento dos gastos por parte do governo Lula, já mirando as eleições do ano que vem, temos uma receita perfeita para o aumento da inflação no Brasil”, considera o especialista.
Para ele, na melhor das hipóteses, a Selic se mantém estável na próxima reunião, pois cortar agora pode significar uma escolha
errada de curto prazo que pode custar um desgaste para o BC e Copom.
Vale lembrar que a Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. O nome “Selic” é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que é o sistema utilizado pelo Banco Central para registrar as operações de compra e venda de títulos públicos federais entre os participantes do mercado financeiro.
Essa taxa é definida pelo Copom do Banco Central do Brasil e serve como referência para diversas operações financeiras no país. A Selic influencia diretamente o custo do crédito, os investimentos financeiros, a inflação e o controle da oferta de moeda na economia.
Basicamente, quando o Copom aumenta a taxa Selic, o objetivo é conter a inflação, reduzindo o consumo e os investimentos. Por outro lado, quando reduz a Selic, busca estimular a atividade econômica, aumentando o consumo e os investimentos.
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