IA ajuda investidor a definir melhores opções para suas carteira; entenda

Inteligência artificial permite análises preditivas em tempo real, com precisão de até 92% em previsões de curto prazo
Investimentos Crédito: Pexels

A inteligência artificial pode ajudar os investidores a tomarem decisões mais inteligentes para a aplicação dos seus recursos. Gianluca Di Mattina, da Hike Capital, explica que a IA permite análises preditivas em tempo real, com precisão de até 92% em previsões de curto prazo, graças a modelos como o GPT-5 e o DeepSeek Quantum.

“Ela automatiza tarefas como seleção de ativos, gestão de portfólios e monitoramento de riscos, adaptando-se rapidamente a mudanças macroeconômicas. Além disso, assistentes de IA multimodais, como o Bloomberg GPT, combinam texto, voz e análise visual para oferecer insights completos, permitindo que investidores consultem relatórios detalhados e análises de sentimento de mercado”, comenta.

Juliana Sene Ikeda, sócia do escritório Campos Thomaz Advogados, lembra que a inteligência artificial pode ser utilizada de inúmeras formas pelos investidores e cita alguns exemplos:

  • análise de dados (sistemas de IA conseguem processar grandes volumes de dados financeiros, notícias, tendências de mercado, mídias sociais e relatórios em tempo real) e perspectiva de investidores profissionais;
  • precificação de ativos;
  • automatização de estratégias e personalização de portfólios, de acordo com o perfil do investidor.

“Você pode pedir pro ChatGPT, por exemplo, analisar certos dados e pedir sugestões de investimento como se fosse o Warren Buffet”, ensina Juliana.

NOVIDADES

O setor de investimentos está em constante evolução e a aplicação de IA é quase obrigatória para maximização de tempo e resultados.

“É possível pedir para os sistemas de IA a interpretação e/ou o resumo de relatórios financeiros complexos; a análise de dados alternativos (p.ex. movimentação em redes sociais); e a integração de tecnologias, como IA e blockchain, de forma a melhorar a transparência, rastreabilidade e automação em investimentos descentralizados”, comenta Juliana.

Entre as novidades, Di Mattina diz que, em 2025, destacam-se os robôs de trading com neuro-redes adaptativas, que aprendem em tempo real e identificam padrões em dados não estruturados, como vídeos de CEOs e sinais de satélite. Ferramentas como o MetaTrader 6 e o Kavout Pro exemplificam essa inovação.

“Outra novidade é a IA explicável (XAI), que oferece transparência nas decisões automatizadas, atendendo a regulamentações como o AI Act da UE e diretrizes da CVM. Além disso, sistemas como o RiskGuard 2025 analisam interdependências globais para prever crises e sugerir estratégias de hedge automáticas”, afirma Di Mattina.

CUIDADOS

Apesar dos avanços, é crucial manter supervisão humana nas operações automatizadas, pois algoritmos podem cometer erros ou interpretar dados de forma inadequada.

“É sempre importante lembrar que os sistemas de IA são falhos. Muitos modelos, inclusive, são treinados com dados enviesados e até ‘fake news’. Por isso é sempre essencial pedir referências e conferi-las. Os resultados gerados pela IA ainda precisam de revisão humana”, diz Juliana. Para ela, IA deve ser vista como uma aliada do julgamento humano, não como um substituto. “A combinação de intuição, experiência e tecnologia tende a gerar melhores resultados”, considera a advogada.

“A falta de transparência em alguns modelos de IA pode dificultar a compreensão das decisões tomadas, sendo essencial entender suas limitações”, afirma Di Mattina.

Além disso, diz ele, é importante estar atento a possíveis vieses algorítmicos, que podem influenciar decisões com base em dados distorcidos, e garantir a segurança cibernética para proteger informações sensíveis.

Juliana destaca que a IA mal projetada ainda pode aumentar a volatilidade dos mercados, quando há manipulação por agentes mal-intencionados que tentam enganar algoritmos com informações falsas.

“Finalmente, importante ressaltar que ainda existem lacunas regulatórias sobre o uso da IA nos mercados financeiros. Os investidores, como operadores da IA, devem estar atentos ao cumprimento das normas (como LGPD) e às possíveis sanções (ainda que administrativas, como as da CVM)”, finaliza a advogada.

CRÉDITO DA IMAGEM: PEXELS

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