Estudo mostra que 67% das empresas consideram a IA como prioridade estratégica

Um quarto das empresas brasileiras tem hoje ao menos um caso de uso baseado em inteligência artificial, diz Bain & Company

Um quarto das empresas brasileiras tem hoje ao menos um caso de uso baseado em inteligência artificial. É o que mostra a 4ª edição da pesquisa da Bain & Company sobre a adoção da IA generativa. Para se ter uma ideia, em 2024, eram 12% das empresas.

O levantamento também destaca que 67% das organizações no país consideram essa tecnologia uma de suas cinco prioridades estratégicas e, para 17%, ela já é o foco principal de investimentos.

Para Victor Faria, Head of Marketing & Growth da Contelurb, o uso de inteligência artificial pelas empresas não tem mais volta. “No cenário atual, quem não incorporar a IA de alguma forma nas suas estratégias corre o risco de ficar para trás, porque a gente sabe dos ganhos de eficiência operacional e competitividade”, avalia.

“De modo geral no mercado, ainda vejo isso como pouca implementação, o uso de IA ainda é muito desigual, principalmente nas pequenas e médias empresas”, complementa.

Resultados melhores

Para ele, a implementação de IA na estratégia e no operacional, como melhoria incremental, pode contribuir muito para os resultados da empresa.

O estudo aponta que empresas que implementam a IA generativa têm alcançado um aumento de 14% na produtividade e um crescimento de 9% nos resultados financeiros. Além disso, houve um leve crescimento no número de organizações que estão na fase de experimentação ou que já possuem ao menos um caso de uso. O único percentual que caiu (-15%) foi o das empresas que ainda não utilizam IA.

Lucas Brossi, sócio da Bain, ressalta a rapidez de escala da tecnologia e que o número de casos de uso da IA tem crescido de forma constante.

“A IA generativa vai além de uma inovação tecnológica. Ela redefine modelos operacionais, impulsiona ganhos de eficiência e cria novas possibilidades de crescimento. Os modelos atuais são treinados com bases de dados cada vez maiores, gastam mais tempo em inferência – com comportamento de raciocínio – e a multimodalidade está avançando em velocidade impressionante.”

A Auddas, consultoria empresarial, tem adotado a IA para melhorar a eficiência interna em atividades de suporte, como ao redor de RH, financeiro, conteúdo, mídia, entre outros.

“Tem ainda o uso da IA na atividade ‘fim’, que é a atividade de consultoria, então a gente hoje faz toda a compilação dos diagnósticos, das entrevistas, usando ferramentas pra ajudar a gente pra direcionar algumas coisas”, afirma Julian Tonioli, CEO da Auddas.

“Estamos começando a explorar o uso da IA como produto fim. A ideia é desenvolver ferramentas que permitam a entrega de planejamentos estratégicos por meio de inteligência artificial, acelerando o processo e tornando nossa metodologia acessível a empresas menores, que talvez não conseguissem nos contratar diretamente”, conta o executivo.

Barreiras

Apesar do avanço, desafios como infraestrutura tecnológica e escassez de talentos continuam sendo os principais obstáculos para uma implementação mais acelerada, ambos citados por 39% dos entrevistados.

No Brasil, as principais aplicações da IA generativa estão em ferramentas de produtividade, desenvolvimento de software, finanças e marketing.

Crédito da imagem: Pexels

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